terça-feira, 15 de novembro de 2016

Os esquetes voltaram ... O 7º Festival Nacional do Espírito Santo


De 3 a 6 de novembro de 2016 o Teatro Municipal de Vila Velha voltou a ser o palco do Festival de Esquetes do Espírito Santo, que, em sua 7ª versão tornou-se Nacional, com a presença de vários grupos representantes do Estado do Rio de Janeiro.

De parabéns a organização do Festival e o Teatro Municipal de Vila Velha Hélio Vianna, que há mais de três anos esteve fechado e neste ano reabriu suas portas no dia 13 de maio de 2016 – dia, por coincidência, do aniversário do saudoso arquiteto do edifício que leva seu nome. O Prefeito Rodney Miranda pôde reinaugurar o teatro que, sob direção de Anderson Lima, recebeu o Festival coordenado por Karina Assunção e Carolina Moreira, com a presença da subsecretária Márcia Abrahão, representando a Secretaria de Cultura de Vila Velha, e do Presidente da Academia de Letras de Vila Velha, Horácio Xavier.

Com programação extensa, de 4 a 6 de novembro, o teatro foi palco de apresentação dos esquetes aceitos para a competição nacional e também local para oficinas de teatro popular, de rua, e de jogos dramáticos. O Festival homenageou ainda como personalidades capixabas os homens de teatro Jovany Salles Rey e Paulo DePaula, que receberam dos atores Edson Nascimento e Suely Bispo, respectivamente, seus troféus comemorativos.

Noite de festa. Um banquete de esquetes como um cardápio para diferentes gostos, mas selecionados para bons gourmands.

Com boas especiarias para os aficionados – humor, surpresa, sonho, delírio, “saboreados” por espectadores ávidos pelo próximo esquete –, a variedade aguçou interesses. De uma comédia do absurdo como “Meu Marido Sumiu“, do Teatro da Barra/ES, a “Como no Drama”, um esquete a la Vicente Celestino, num portunhol argentino do Gota, Pó e Poeira, de Guaçuí/ES.



Os esquetes foram apresentados pelos nove grupos por Karina Assunção. Alguns dos grupos apresentaram até dois esquetes. A apresentação do esquete finalizava sempre com o refrão de Karina: “Abrem-se as cortinas para o talento!”


O festival fluiu muito tranquilamente, com apresentações seguidas e escolhidas a oferecer momentos variados de introspecção e humor, ou autocrítica, reconhecimento do eu. Enfim, uma boa demonstração da criatividade dos autores, da perícia dos diretores, da execução dos esquetes. Trabalhos divertidos e inesquecíveis e instrutivos, como o impactante esquete "Morte", um drama sério, de introspecção, escrito e interpretado por Hudson Braga, autor e ator de Cariacica, ou o hilário “Certificação Compulsória de Atores – Método da Enzima Monoamina Oxidase”, introduzido na tela por ninguém mais que Fernanda Montenegro e desenvolvido em cena com precisão e excelente performance pela atriz Monique de Vaillé, do Rio de Janeiro. O espetáculo recebeu ainda o prêmio de melhor direção para Diego Molina. E pelo Júri Popular foi escolhido o humorístico “Monte de Caquinhas”, com direção de Anderson Lima e participação de Jennifer Duque, Jessica Duque, Alexia Pinheiro e Alice Guimarães.


Como foi Festival, e é de praxe, houve também os prêmios. Nada fácil para os jurados, tenho certeza. O Grupo Gota, Pó e Poeira, de Guaçuí, arrebatou vários dos prêmios com o seu intrigante e dramalhesco, mas corretíssimo “Como no Drama”, que deu aos atores principais Aline Saraiva e Jacimar Henrique os prêmios de melhor atriz e ator e ainda os de melhor figurino e maquiagem.

Menção honrosa também para o ator Ian Oliveiras, do Grupo Agromelados, do Rio de Janeiro, pelo relevante e revelador espetáculo "P.I.P.A – uma mensagem tocante dos Internados e Prontos Para Açoite".

Parabéns novamente a Karina Assunção e a toda a equipe por possibilitar este convívio teatral com grande intercâmbio e enriquecimento para os participantes. Nossos votos de outro êxito em 2017, com o já esperado Oitavo Festival de Esquetes do Espírito Santo!

Paulo DePaula

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