quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Público variado prestigia Auto do Túmulo de Anchieta

O Teatro da Barra esteve na Tenda Vila Velha Verão 2010, na Praia da Costa, na última quarta-feira (27 de janeiro) para apresentação do Auto do Túmulo de Anchieta. Foi gratificante a participação, que atraiu pessoas de diferentes idades para ver quem se habilitava a concorrer à vaga no túmulo de Anchieta e as consequências dessa farsa, escrita por Luiz Guilherme Santos Neves e dirigida por Paulo DePaula.


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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Auto do Túmulo de Anchieta na Tenda da Cultura

2010 começa muito bem para nós. Estamos na programação da Tenda do Vila Velha Verão para apresentar o Auto do Túmulo de Anchieta.

Escrita pelo pesquisador Luiz Guilherme Santos Neves, o auto utiliza personagens do passado (como Maria Ortiz, Frei Pedro Palácios e Padre José de Anchieta) e da atualidade (entre eles um trabalhador rural sem-terra, uma socialite e uma desfiadeira de siri) para tirar bons risos da plateia.


Trata-se de uma peça rica em humor e situações inverossímeis características da farsa, seguindo o estilo literário do dramaturgo português Gil Vicente (1465 - 1536). E esse trabalho, apresentado pelo Teatro da Barra/ES, sob direção de Paulo DePaula, poderá ser visto no próximo dia 27 de janeiro (quarta-feira), a partir das 19 horas, na Tenda do Vila Velha Verão, na Praia da Costa.

Tudo se desenrola a partir do lançamento de um edital para se concorrer a vagas no túmulo do Padre José de Anchieta. Os candidatos têm que apresentar variados documentos que comprovem suas virtudes. A mestre de cerimônia se chama Cidade de Vitória e convoca uma comissão – a Comissão de Notáveis, composta por Maria Ortiz, Frei Pedro Palácios e Mestre Álvaro – para avaliar os currículos dos candidatos.

Personagens:
Cidade de Vitória (Mestra de Cerimônia), Mestre Álvaro, Maria Ortiz e Frei Pedro Palácios (Comissão de Notáveis) e candidatos (Sem terra, Garota de programa, Político, Magistrado, Delegado de Polícia, Socialite, Penetra, Desfiadeira de Siri, Paneleira, Mestre de banda de Congo).
Serviço:
Auto do Túmulo de Anchieta, com o grupo Teatro da Barra/ES
Data: 27 de janeiro de 2010
Horário: Às 19 horas
Onde: Tenda do Vila Velha Verão 2010, na direção da av. Champagnat, Praia da Costa
Gratuito

Ficha técnica
Autor: Luiz Guilherme Santos Neves
Diretor: Paulo DePaula
Elenco: Dulce Lodi, Marilena Soneghet, Vitor Zuccolotti, Eduardo Valadares, Cleverson Comarela, Paulo DePaula, Newton Raposo, Bruno Jorge, Jaime Nilson, Keyla Santiago, Pedro Cogo, Liliana DePaula, Anita Bonadiman e Roberta Soares.
Participação especial: Banda de Congo Mirim Tambor de Jacaranema
Cenário: Valmir Zatta
Produção e Figurinos: Zeiza Jorge

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Singular

Resenha
Por Paulo DePaula

Do singular ao plural, foi o título escolhido por Fábio Mota para a encenação de seu musical sobre a vida de Vinicius de Moraes, peça em que as artes cênicas se entrelaçam e o plural torna-se singular: perfeita identificação dos jovens atores com as músicas, as intenções gestuais ou números musicais dançados – a partir da capoeira.

No final de 2009 – exatamente no dia 1º. de dezembro – fomos assistir ao Grupo Teatral “Tonga da Mironga”, que tem desenvolvido um importante papel cultural, além de educacional e social, no IFES – Instituto Federal do Espírito Santo.

Antes da apresentação do grupo como atores, o Professor Fábio Mota exibiu um curta com eles em excursão pelo Rio de Janeiro onde, entre outras visitas, vão à Casa de Paschoal Carlos Magno, casa-sede do Teatro do Estudante, assim se familiarizando com a história do teatro no Brasil.

O conhecimento do Rio, pareceu-nos muito importante ao grupo, que reviveu os passos de Vinicius na Praia de Ipanema onde surgiu, em sua homenagem, a Rua Vinicius de Moraes endereço do Bar Garota de Ipanema, título de famosa parceria bossa nova de Vinicius e Tom Jobim. O bar lembra-nos que Do singular ao plural, além das garotas, também não omitiu a presença do uísque no cotidiano de Vinicius. Devo dizer: Vero.

Uma noite Vinicius nos visitou, na Praia da Santa Helena, acompanhado por representantes do melhor da bossa nova capixaba, como o saxofonista/clarinetista Moacyr Barros, o compositor/cantor/violonista Cariê, e ele, o Vinicius, com uma garrafa de Mansion House debaixo do braço.

Muito bem dosada a quantidade do etílico e idílico em Do singular ao plural.
Fábio Mota criou um musical que nos mostra a diversidade de Vinicius, que se disse “o branco mais negro do Brasil.” Acho que Vinicius teria gostado de estar conosco naquela data próxima ao Natal de 2009. O perigo era se apaixonar por alguma das atrizes – por que o clima estava para tal. Numa cena do mosaico poético-musical, garota por garota, digo atriz pós atriz, se insinua e passa junto a Vinicius, parecendo oferecer o eterno para logo o deixar num vazio, imediatamente preenchido.

Novamente lembro-me de outro encontro. Desta vez com Guimarães Rosa - amigo e por um tempo vizinho do Posto 6 -, que me confessou ter Vinicius pedido que arranjasse uma desculpa para ele junto ao Itamaraty, pois ele estava no Galeão indo passar o fim de semana em Paris e ia faltar na segunda-feira, pois estava apaixonado...

Não sei o que pensaria o Vinicius do que o Mota e Grupo Tonga da Mironga aprontaram pra ele com o quadro da música Garota de Ipanema. Todas, em lindas evoluções por trás de saídas de praia ao vento, como lençóis, para depois descobrir um transformismo que foi simplesmente hilariante para o público. O Grupo foi ovacionado em cena aberta.

Público atento do princípio ao fim, as cenas apresentaram um rítmo adequado às frequentes e criativas mudanças de figurinos e cenário onde, por vezes, os próprios atores se transformavam em cenário, como por exemplo, andares de um edifício, em Construção.

Divertido, bem pesquisado, foi acalentador assistir um grupo de jovensdo Ensino Médio apresentar um trabalho tão bem elaborado sobre Vinicius de Moraes, um dos personagens mais importantes do Cancioneiro Brasileiro, e seus amigos e parceiros da Bossa Nova: Tom Jobim, Toquinho e Baden Powell.

Feliz 2010!

O Teatro da Barra/ES deseja a você internauta um excelente ano de 2010, repleto de alegrias, aprendizados e vivências culturais, claro.

Iniciamos o primeiro post do ano relembrando nossas principais atividades de 2009. Entre elas destacaram-se as apresentações de Auto do Túmulo de Anchieta, do esquete A Consulta e jograis em pontos culturais da Grande Vitória (Casa da Cultura e Cidadania de Vila Velha, Academia de Letras Humberto de Campos e Aliança Francesa).

Amparado pela Lei Vila Velha Cultura e Arte, Auto do Túmulo de Anchieta foi encenado em 12 momentos no município de Vila Velha (Brisa na Barra Pousada, Casa da Cultura e Cidadania de Vila Velha, Teatro Municipal de Vila Velha, Comunidade Bom Pastor de Retiro do Congo, São Torquato e Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo). A farsa à moda vicentina é divertida e provoca o público a interagir na maior parte das cenas.


A Consulta se fez presente inicialmente no 6º Festival de Esquetes do Espírito Santo, no qual nosso ator Cleverson Comarela recebeu o prêmio de ator revelação. O esquete também foi encenado para a 3ª Juventude da Barra do Jucu, na Academia de Letras Humberto de Campos, para representantes da Secretaria de Estado da Justiça do Espírito Santo (Sejus) e no sarau de poesias Domingo DiVersus.


Apresentação de jogral foi uma novidade em 2009 para o Teatro da Barra. Fizemos leitura em coro dos textos Viajando pelo Rio Amazonas, de Déa Bernades, poemas de Horácio Xavier e poesias do livro Elucidação numa página em branco, de Thalita Alves.


Bem, esta foi uma breve retrospectiva de nossas atividades. Vale ressaltar o apoio da Brisa na Barra Pousada, que sempre abriu as portas para nossos ensaios e apresentações.

Iniciamos 2010 com a perspectiva de fazer muito mais pelas artes cênicas no Espírito Santo. E contamos com seu prestígio em nossas apresentações e leitura deste nosso blog.